Câncer de Linfoma Não Hodgkin
Os linfomas são neoplasias malignas dos gânglios (ou linfonodos), órgãos que são muito importantes no combate a infecções.
Há mais de 40 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Por razões ainda desconhecidas, o número de casos aumentou muito nos últimos anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.
Estimativa de novos casos:
12.030, sendo 6.580 homens e 5.450 mulheres (2020 – INCA).
Número de mortes:
4.516, 2.426 sendo homens e 2.090 mulheres (2018 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM)
Sintomas:
- Aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha;
- Sudorese noturna excessiva;
- Febre;
- Prurido (coceira na pele);
- Perda de peso inexplicada.
Diagnóstico
O diagnóstico, em geral, é feito por meio de uma biópsia (retirada de uma parte do tecido) de algum tecido doente (linfonodo, pele, fígado, medula).
Este exame permite determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características cujas informações são úteis para decisão do tratamento a ser empregado.
Após a confirmação do diagnóstico, o linfoma é classificado de acordo com o tipo (indolente, de crescimento relativamente lento ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido) e o estágio em que se encontra, que varia de I a IV.
Os linfomas indolentes correspondem a aproximadamente a 40%, e os agressivos, aos 60% restantes. A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia e radioterapia.
A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas. Enquanto, a radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, aliviar os sintomas ou reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em locais mais propensos à recaída.
No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento variam, dependendo da indicação médica, entre observação clínica e tratamentos intensivos.
Prevenção
Assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e frutas podem ter efeito protetor contra o linfoma não-Hodgkin. Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem sistema imune comprometido e exposição química e/ou a altas doses de radiação.
Os fatores de risco são:
- Pessoas com deficiência de imunidade, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas;
- Pacientes portadores do vírus Epstein-Barr e HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas) têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma;
- Exposição química: os linfomas Não-Hodgkin estão ligados também à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas, por exemplo, têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos realizados com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos;
- A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença;
- Exposição a altas doses de radiação.
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