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Com medo da COVID-19, pacientes têm deixado de procurar atendimento

Diante dos efeitos do coronavírus e do isolamento social, situações de medo e desinformação têm causado prejuízo na população. Pacientes com doenças crônicas e cardiopatas, por exemplo, têm demorado a se dirigir ao Pronto Atendimento, permanecendo debilitados em casa.

No Hospital Santa Catarina de Blumenau, a porcentagem de pacientes com casos clínicos que internam após avaliação no PA subiu de 9,3%, em janeiro, para 21,2%, em abril de 2020. No mesmo período, os casos não gripais muito urgentes subiram em 14,4%.

Nesse sentido, conforme recomendações do Ministério da Saúde, tanto no Pronto Atendimento quanto nas Unidades de Internação do HSC Blumenau, as áreas são fisicamente separadas, o que garante mais segurança.

“Desde o início da pandemia, a nossa prioridade foi transformar o PA em um ambiente seguro. Dessa forma, não há fluxo contaminado entre os suspeitos de COVID-19 e pacientes com outras comorbidades”, reforça o Superintendente Médico, Dr. Humberto B. Tridapalli.

Atendimento a pacientes com doenças graves

“O que percebemos é que os pacientes têm procurado a instituição em uma situação mais grave. Tivemos vários casos de infartos com complicações e de doenças neurológicas tipo AVC que procuraram a instituição tardiamente. Situações que não víamos há muitos anos e com consequências importantes aos pacientes”, explica.

Segundo Dr. Humberto é importante esclarecer que o processo de atendimento clínico é diferente do suspeito de coronavírus. Assim, se o paciente não apresentar sintomas gripais, é realizada a classificação de risco e o fluxo de atendimento é realizado por outra entrada.

“Para que o paciente não fique exposto, temos prioridade no atendimento de síndromes gripais ou suspeita de COVID-19. Dessa forma, o processo é rápido e seguro para todos: pacientes, acompanhantes e colaboradores”, esclarece.

Com a preparação interna, o Hospital Santa Catarina de Blumenau tem intensificado os protocolos de qualidade e higienização. Na internação, há uma unidade específica para receber pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19.

“Os processos foram reformulados e as equipes treinadas para trazer segurança e precisão no diagnóstico e tratamento. Por isso, reforçamos que o conjunto entre atendimento, exames e internação é um processo rápido e seguro”, finaliza.

Portanto, pacientes com doenças graves ou que estão em tratamento, devem buscar ajuda médica se necessário. O receio e a demora na busca por atendimento pode agravar as doenças e, consequentemente, aumentar o risco de óbito.

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