Meningite: Semelhanças e diferenças entre a viral e a bacteriana
Dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) colocaram a população em alerta. Assim, segundo o relatório, de janeiro a junho deste ano, foram três mortes e 20 casos de meningite bacteriana.
Dessa forma, Blumenau, Itajaí, Lages e Itapema concentram o maior número de registros, dois em cada cidade. Contudo, de acordo com a DIVE, em comparação com 2018, houve a redução nos casos fatais da doença no estado.
E, ainda que não seja um quadro de surto, a conscientização da população catarinense é essencial. Portanto, para prevenir e combater a doença, confira abaixo uma série de perguntas e respostas sobre a meningite:
O que é?
Basicamente, a meningite é a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Assim, ela pode ser causada por diversos agentes, como bactérias, vírus, fungos e parasitas.
Contudo, entre os agentes infecciosos, somente a meningite bacteriana e a viral são capazes de causar surtos. Por isso, no Brasil, ela é considerada uma doença endêmica. Então, casos são esperados ao longo de todo o ano.
Qual a diferença da meningite bacteriana?
Ela é o tipo mais grave e ocorre quando os microrganismos entram na corrente sanguínea e migram até o cérebro. Assim, pode ser gerada após uma infecção no ouvido, fratura ou cirurgia. Portanto, mais de uma bactéria pode ser causadora da doença.
A ocorrência da meningite bacteriana é mais comum no outono e no inverno. Isso porque ela é transmitida por meio de vias respiratórias, gotículas e secreções do nariz e garganta. Contudo, também há formas não-contagiosas da doença.
E a meningite viral?
Em contrapartida, a meningite viral é a forma mais comum e menos perigosa da doença. Além disso, a contaminação pode acontecer por meio de alimentos, água e objetos contaminados.
Como também por meio do ar e de secreções do nariz e da boca. Dessa forma, a meningite viral é mais comum na primavera e no verão.
Quais os sintomas?
Os sintomas iniciais da meningite viral são semelhantes aos da meningite bacteriana. Assim, os sintomas incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Além de mal estar, fadiga, náusea e:
- Aumento da sensibilidade à luz
- Confusão mental e delírio
- Convulsões e tremores
- Coma
- Mãos e pés frios
- Calafrios e respiração rápida
- Dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen
- Diarreia
- Manchas vermelhas pelo corpo
- Falta de apetite
- Irritabilidade
- Sonolência ou dificuldade para acordar do sono
- Falta de energia
Porém, em recém-nascidos, é mais difícil perceber os sintomas. Assim, o bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer com dificuldade de responder a estímulos. Além de apresentar moleira e reflexos anormais.
A doença tem cura?
Sim, a maioria dos casos evoluem para cura. No entanto, é necessário assistência médica por causa dos sintomas. Assim, o tratamento depende do causador da doença, sejam vírus ou bactéria.
A meningite pode levar à morte?
Sim, principalmente a causada por bactérias. Assim, em certos casos, a doença pode evoluir de forma fulminante, levando à morte em poucas horas. Contudo, na meningite viral, a evolução é menos grave do que na bacteriana.
Qual a melhor forma de prevenção?
Por meio da vacina, todas as faixas etárias minimizam os riscos de adoecimento. E, ainda que o maior risco esteja em crianças menores de cinco anos, adolescentes e adultos jovens também têm o risco aumentado em surtos bacterianos.
Dessa forma, idosos e indivíduos portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras também apresentam maior risco de acometimento. Assim como indivíduos do sexo masculino.
Qual tratamento para a meningite?
No caso viral, apenas os sintomas da doença são combatidos,. Assim, sem complicações, em torno de sete dias, o paciente pode se curar. Dessa forma, a indicação médica é de repouso, ingestão de água e medicamentos para as dores.
Já com a meningite bacteriana, o tratamento deve ser imediato por meio de antibióticos injetados na veia. Além de isolamento do paciente em casos mais graves, o tratamento pode durar até 10 dias.