Março Lilás, um apelo ao cuidado
No mês de março, a atenção está voltada à saúde feminina, um dos motivos é o dia internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Mas, também, é o mês dedicado à campanha de prevenção e combate ao câncer de colo do útero: o “Março Lilás”.
O câncer de colo do útero, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), é a causa de morte de aproximadamente 35,7 mil mulheres anualmente nas Américas . Bem como, segundo o Órgão, 80% das mortes contabilizadas são de mulheres da América Latina.
A princípio, a previsão para 2023 é assustadora: 17 mil novos casos da doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Março Lilás e suas preocupações
Portanto, o “Março Lilás” surge como uma campanha de conscientização, compartilhando informações sobre os meios de diagnóstico, tratamento e os cuidados com o câncer de colo do útero.
O câncer de colo no útero ou câncer cervical é uma doença que afeta as mulheres que se infectaram por alguns tipos específicos de Papílomavírus Humano – HPV, especificamente os tipos oncogênicos – 16 e 18, capazes de causar alterações celulares. Aliás, eles são os responsáveis por 70% dos casos da doença.
De acordo com o Dr. Daniel Bruns, ginecologista e obstetra do HSC Blumenau, o HPV é considerado o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres.
Ademais, segundo o médico, a infecção pelo HPV está relacionada com o aparecimento de outros tipos de doenças.
“ A contaminação pelo HPV, também está associada com o desenvolvimento de cânceres de ânus, reto e no órgão reprodutor masculino“.
Então, uma vez que o HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), o uso de preservativos é um forte aliado no combate contra o câncer de colo do útero, mas não o único.
Como prevenir o câncer?
Ainda, segundo o ginecologista, o câncer de colo do útero, dependendo do estágio, pode comprometer uma gravidez futura. Por isso, sempre que possível, ele deve ser prevenido.
“Quando o câncer é responsável por lesões de alto grau, cirurgias de retirada do colo são necessárias. Isso impossibilita, por exemplo, o desenvolvimento da gravidez”, destaca.
Formas de prevenção
Exame Papanicolau
Esse exame detecta alterações em células do colo do útero. Ademais, também conhecido como esfregaço cervicovaginal, ele deve ser feito anualmente nos dois primeiros anos após o início da vida sexual. Contudo, se as duas primeiras coletas não apresentarem alterações, o exame pode ser feito de três em três anos.
Vacina
Antes do início da atividade sexual, a vacina deve ser aplicada. O público-alvo da vacinação são as crianças de 9 a 14 anos, sendo que são indicadas duas doses da vacina em um período de 6 meses.
Uso de preservativos
O uso de preservativos é muito importante na luta contra o HPV. Entretanto, somente o uso de preservativos não garante segurança total, isso porque nem todas as áreas infectadas pelo vírus são cobertas. Ou seja, para que a infecção ocorra, não é preciso de sexo.
Não fume
O risco de contrair câncer de colo do útero está altamente relacionado às mulheres que fumam. Isso acontece porque as células do epitélio vaginal dessas mulheres são mais frágeis, ficando mais vulneráveis às infecções.
Quais são os sinais?
Em estágio inicial, é difícil perceber os sinais mais característicos do câncer. Até porque, eles podem ser atribuídos a outras doenças, o que impossibilita o diagnóstico, especialmente sem os devidos exames. Apesar disso, os sinais mais comuns são:
- Sangramento vaginal fora do comum.
- Menstruação mais prolongada que o normal.
- Secreção vaginal ou corrimento de mau cheiro e de cor escura.
- Dor durante o ato sexual.
- Sangramento após a relação sexual.
Por outro lado, em estados mais avançados, os sintomas mais característicos são:
- Obstrução de vias urinárias.
- Sangue na urina.
- Inchaço das pernas.
Agora que você já sabe a importância de cuidar da sua saúde, agende uma consulta com um dos médicos do nosso corpo clínico.
por João Vitor Borges