Endometriose, a doença silenciosa
Dores fortes antes, durante ou após o período menstrual, desconforto nas relações sexuais e, em muitos casos, dificuldades para engravidar. Todos sintomas da endometriose, uma doença silenciosa que atinge 15% das brasileiras e 10% das mulheres em idade fértil no mundo.
De acordo com o ginecologista, Dr. Daniel Fabrício Bruns, a doença ocorre quando o tecido que reveste o útero, cresce ou se desloca para outras partes do corpo da mulher.
No Brasil, mais de 30% dos casos levam à infertilidade. No entanto, conforme a Associação Brasileira de Endometriose, mesmo com essa condição as mulheres podem engravidar de forma natural ou por meio de reprodução assistida.
Nas últimas semanas, inclusive, veio à tona, o caso da cantora Anitta, que revelou sofrer do problema, há 9 anos. Confira a entrevista completa.
Tipos de endometriose:
Superficial – As lesões costumam se estender da parede abdominal até o diafragma, afetando órgãos como a bexiga e o intestino. O diagnóstico é costuma ser difícil.
Ovariana – Definida pela presença de cistos espessos no ovário pode alterar o formato do órgão.
Profunda – É a que mais afeta a qualidade de vida. Os sintomas são mais agressivos. Ou seja, órgãos como bexiga, vagina, ligamentos útero-sacros, apêndice, intestino e até os pulmões podem ser afetados.
Diagnóstico
O diagnóstico é através de exames de imagem, como o ultrassom e a ressonância magnética da pelve.
A cirurgia também é uma forma segura de avaliar a quantidade, o local e a profundidade dos implantes, assim como o grau da doença, classificado em: mínimo, leve, moderado ou avançado.
Nos casos mais avançados, quando a doença afeta outros órgãos, obstrui as trompas de falópio ou atinge os ovários, por exemplo, as mulheres podem ter dificuldade para engravidar.
Tratamento
Pode ser feito por meio de remédios ou cirurgia. Cabe ao médico, portanto, avaliar o método mais eficaz. Vale destacar, contudo, que a doença não tem cura. O objetivo é diminuir os sintomas e permitir que a mulher possa engravidar.
Tratamento clínico – Em geral, é feito à base de hormônios, como pílulas de progesterona, injetáveis, adesivos ou DIU prescritos conforme a aceitação de cada paciente. Os análogos do GnRH, por outro lado, são uma opção de hormônio natural, que bloqueiam o eixo hipotálamo-hipofisário e simulam uma menopausa. Eles devem ser usados por pouco tempo devido aos efeitos colaterais.
Tratamento cirúrgico – É comum em casos de endometriose profunda. Costuma ser mais complexo e, por isso, exige uma equipe capacitada e um hospital pronto para cirurgias por vídeo ou robótica.
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