Os mitos e as dúvidas sobre a vacinação contra a gripe
A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe teve início no último dia 10 de abril em todo o país. Em 2019, a ação do Ministério da Saúde completa 21 anos e, mesmo assim, as dúvidas em torno da imunização são frequentes. Por isso, é preciso ter cuidado com informações que venham do senso comum, sem comprovação científica ou de órgãos oficiais, como o Ministério da Saúde ou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive).
Para esclarecer algumas dúvidas e mitos em torno da vacinação contra o vírus Influenza, confira as perguntas mais comuns entre os brasileiros e suas respectivas respostas:
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A vacina da gripe causa a doença?
Não, porque na vacina estão apenas fragmentos do vírus Influenza morto, os chamados antígenos. Assim, a dose possui algumas proteínas específicas que ajudam o sistema imunológico a produzir anticorpos.
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O que são anticorpos?
Basicamente, anticorpos têm a função de proteger o organismo humano. E só reagem contra o antígeno para o qual eles foram produzidos. Sua produção ocorre justamente após a estimulação, como no caso da vacinação com os fragmentos inativos do vírus Influenza.
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Quanto tempo demora para a vacina fazer efeito?
De duas a três semanas. Esse é o tempo que o corpo humano precisa para produzir uma boa quantidade de anticorpos contra o vírus. É importante lembrar que, durante esse tempo, ainda é possível pegar gripe. Por isso, muitas pessoas fazem a associação da infecção com a vacina.
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A vacina garante mesmo a proteção?
Sim, a vacina é uma imunização ativa, a qual contém antígenos que estimulam a produção de anticorpos pelo corpo. Segundo dados do Ministério da Saúde, a vacina é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações e óbitos. Contudo, em poucos casos, a vacinação pode causar febre baixa e dores no local da aplicação.
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Por que precisamos tomar a vacina todos os anos?
Porque os subtipos do vírus da gripe sofrem mutações constantes, então a composição da vacina também é modificada. Em 2019, a dose produzida protege contra os três subtipos do vírus da gripe. Esses foram os que mais circularam no Hemisfério Sul no último ano: H1N1, H3N2 e um subtipo do tipo B, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Qual a diferença entre a vacina trivalente e a quadrivalente?
A vacina trivalente é composta por 3 subtipos do vírus Influenza: H1N1, H3N2 e um subtipo da tipo B, o Victoria. Já a dose quadrivalente é composta pelos mesmos três componentes presentes na trivalente e mais um subtipo B, o Yamagata.
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Quem está com gripe pode tomar a vacina na campanha?
Segundo médicos, é melhor evitar. Se a dose for aplicada em um doente que piore ao longo das três semanas, período que a vacina demora para fazer efeito, será mais difícil identificar o quadro. Ou seja, se ele tem relação com a vacina ou com o agravamento da infecção. Contudo, quadros leves, como um resfriado, não contraindicam a imunização.
Agora você já sabe o que é verdade e o que não é sobre a vacina contra a gripe. Então, lembre-se de que a campanha segue até o dia 31 de maio em todo o país. Quem se encaixar nos grupos prioritários deve procurar a Unidade de Básica de Saúde mais próxima da sua residência e se imunizar gratuitamente. Mas também é possível encontrar a vacina contra a gripe em clínicas particulares.