Tanto a Tomografia Computadorizada (TC) quanto a Ressonância Magnética (RM) são exames que oferecem alta resolução de imagem quando se trata da estrutura de um órgão, partes do corpo ou corpo inteiro.
Assim, ambas são obtidas a partir de métodos físicos distintos e têm suas imagens processadas e pós-processadas por computadores. Entretanto, em função de “mecanismos” diferentes, esses exames têm indicações distintas.
Entenda os exames
Em linhas gerais, a Tomografia é como um raio-X mais sofisticado, com mecanismo de geração dos raios-X de maneira semelhante. Porém, conta com várias fileiras de detectores ultrassensíveis e capacidade de informação muito superior além do processamento por computação. Dessa forma, são produzidas imagens com espessura inferior a 1 mm e possibilidade de pós-processamento tridimensional.
Já a Ressonância Magnética não envolve radiação ionizante e, de maneira simbólica, trata-se de um grande “imã”, orientando e direcionando as moléculas livres do corpo em “ondas” dentro de um campo magnético. Assim, essas “ondas” podem ter a potência de 1,5T e 3,0T, daí a denominação dos aparelhos. Elas são detectadas por análogos a antenas colocadas no corpo e transmitidas a um computador para serem transformadas em imagens.
Indicações diferentes
Apesar de os dois exames oferecerem imagens detalhadas de partes do corpo que costumam estar inacessíveis em exames menos sofisticados, cada um tem suas melhores indicações.
A TC é excelente em fornecer imagens de ossos, pulmões e estruturas abdominais. Assim como do cérebro em poucos segundos de aquisição. A RM, por sua vez, tem melhor qualidade de imagem das estruturas nervosas, ligamentos e tendões, útero, ovários e próstata. Porém, há necessidade de imobilidade e os estudos são mais demorados.
A interação entre o médico solicitante e o médico radiologista é muito útil na escolha do método a ser utilizado a partir da suspeita clínica e das características de cada paciente.